Estes dizeres significam muito para as artes marciais e podem servir de aprendizado para qualquer relação aluno/professor, seja em academia, curso ou escola.
Geralmente você admira e desenvolve grande apreço pelo seu professor, instrutor ou mestre em uma atividade física ou arte marcial. Contar com sua amizade é algo que pode ser de grande valor. Mas é aí que muitas pessoas confundem as coisas e podem estragar uma relação frágil, que pode levar anos para ser construída e facilmente pode ser abalada, tanto do lado do professor quanto do lado do aluno.
As palavras a seguir podem ser duras e não são uma regra, meu mestre costumava dizer que a maior qualidade nestes casos é a sua SENSIBILIDADE em tratar com as pessoas. O seu mestre não é seu colega, ele não vai tomar uma com você, ele vai te corrigir e te repreender no treino ou devido ao seu comportamento. Claro que esta relação também exige a postura profissional do mestre ou professor, tudo é um aprendizado também para ele, pode ser que seu professor já tenha errado neste quesito com outro aluno, é até melhor, porque ele não repetirá o mesmo erro com você. De sua parte, você deve entender o conceito, pois em momentos de descontração, durante uma viagem ou até uma festa da escola a postura do seu professor pode ser mais “aberta”, e ao adentrar o Guan ( local de treino), no decorrer do treino a coisa muda de figura.
Existe uma relação entre mestre e discípulo que com o tempo é flexibilizada, existe um tratamento ao discípulo iniciante e outra ao discípulo de 20 anos. A responsabilidade do discípulo antigo é maior ainda, pois os outros irão olhar como você se porta com o mestre para então repetir as suas ações. Esta talvez seja uma das relações mais difíceis do treinamento de artes marciais, entender o momento para que sua amizade com o seu professor seja cultivada junto com o conhecimento que você recebe, a relação que exige respeito e disciplina bilateral.
Mestre Antonio Carlos
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