Desvendamos 6 mitos sobre lutas e artes marciais

A paixão pelas artes marciais conquista as pessoas de todo o mundo há milhares de anos. Seja pelos movimentos, pela força desenvolvida ou pela disciplina para chegar próximo à perfeição, as lutas atraem admiradores e novos praticantes a todo momento.

Junto a essa paixão, no entanto, crescem — e também surgem — lendas e falsas histórias que acompanham esse universo. Muitas delas, inclusive, já são ditas há tanto tempo que, para a maioria das pessoas, inclusive profissionais do meio, já se tornaram verdade.

Hoje, aqui no blog, vamos desvendar 6 mitos sobre lutas, tentar entender quais são esses boatos que já passam tranquilamente por fatos e tentar esclarecer pontos que quase sempre acabam passando informações equivocadas e que podem prejudicar quem realmente gosta da história das artes marciais.

Mitos sobre lutas: da tela da TV para a vida real

O primeiro contato da maioria das pessoas com o universo das artes marciais vem da mídia: cinema, TV e publicidade moldaram, ao longo da história, as principais opiniões e formas sobre como a sociedade vê a prática desse tipo de atividade.

Muitos dos mitos sobre lutas vieram, inclusive, da forma como os filmes e desenhos animados apresentaram esse mundo aos leigos. Assim, tanto quem gosta como quem não se sente atraído por esse meio provavelmente tem uma visão distorcida sobre vários aspectos.

É claro que você deve saber que não é possível um lutador parar uma flecha com a mão, parar no ar por quase um minuto durante um chute ou derrotar 40 homens sozinhos em uma batalha.

Entretanto, alguns mitos aparentemente “mais reais” inspirados pelo que se criou a partir de Hollywood já se tornaram verdade absoluta. Para derrubar algumas dessas questões, fomos pesquisar quais são as principais histórias e boatos infundados que se tornaram parte da história das artes marciais junto à sociedade.

1. “Um faixa-preta é o mestre das artes marciais”

Desde a infância, muitos dos pequenos e pequenas interessados em estudar uma arte marcial tendem a acreditar que a faixa preta é o final de uma trajetória de sucesso nas práticas de determinada luta. As histórias que se espalham de pai para filho são de que, ao chegar à faixa preta, o lutador se torna um mestre.

Só mesmo quem está dentro dos estudos frequentes da luta, no entanto, é que sabe que chegar à faixa preta significa estar ainda no início de uma trajetória ainda mais longa de estudos e práticas. Passar da faixa branca e chegar até a preta significa, para muitos lutadores, que a pessoa apenas “aprendeu a aprender” a lutar e que está preparada para levar a atividade para a vida.

Agora você já pode corrigir o seu vizinho ou pai do colega da escola do seu filho que espalharem esse tipo de informação!

2. “Existem lutas oficiais que só terminam quando o outro lutador morre”

Um outro mito que pode ter se desenvolvido por meio do cinema é que existem categorias de artes marciais em que o ganhador é aquele que mata o seu oponente no ringue ou no tatame. Filmes como o Bloodsport ajudaram a espalhar esse mito sobre lutas, e muitos contam sobre essas possíveis atividades em mesas de bar como se fossem reais.

É claro que não existe algo desse tipo regulamentado pelas organizações de luta e, pelo contrário, quem estuda as artes marciais em sua essência sabe que existe uma conscientização sobre a força e a violência que impedem que uma batalha chegue a essas vias!

É importante reforçar que a luta termina quando um combatente já não tem mais força ou vigor para lutar — e matar um oponente não é o caminho para alcançar esse objetivo.

3. “Faixa preta deve ser regulamentada como uma arma”

Quem acompanha o universo das artes marciais sabe que essa é uma das mais antigas histórias contadas e que podemos dizer: não é real. Como os governos não são os responsáveis pela regulamentação das artes marciais, não há um controle legal dos praticantes das lutas. Assim, não há como regulamentar os lutadores como armas em potencial, principalmente pela consciência dos verdadeiros atletas da sua força e potencial de ferimentos.

4. “Um lutador com menos de 20 anos de treinamento é inútil para uma batalha na vida real”

O cinema mostrou diversas vezes os mestres lutadores como senhores já com idade avançada e que passam seus ensinamentos com calma e paciência para os seus aprendizes.

É claro que, quanto mais tempo de treino e dedicação aos estudos da arte marcial desejada, melhor será a sua performance. Entretanto, com esforço e disciplina, é possível alcançar bons resultados — até mesmo em campeonatos e torneios — dependendo da modalidade escolhida.

Por isso, não desvalorize um lutador com pouco tempo de prática, principalmente se você já for um veterano na atividade.

5. “Fazer exercícios para ganhar músculos deixa lento”

Esse é um mito passado, inclusive, entre praticantes experientes de artes marciais. Muitos dizem por aí que fazer treinamentos intensos com pesos para ficar mais forte e volumoso deixa o lutador mais lento. Esse, assim com os outros que trouxemos até aqui, é mais um boato.

Ser um lutador “grande” não o torna lento. Pelo contrário, ter músculos acaba o tornando mais rápido e mais forte. Isso, claro, pode trazer mais sucesso em um combate. Ou seja, definitivamente fazer treinamento e atividades para ganhar força não traz desvantagens.

6. “As únicas artes marciais que valem a pena são as antigas”

Essa é uma “verdade” espalhada pelos lutadores mais clássicos, que, por muitas vezes, acabam ignorando a importância das artes marciais que não têm história milenar. Esses dizem que as lutas mais puras e praticadas por menos pessoas são as melhores e mais valiosas.

O que pouca gente sabe é que quase todas essas artes milenares eram praticadas por grupos secretos antes de sua popularização. Então, até mesmo sua prática atual já é um desdobramento da popularização.

Assim, deve-se dar valor aos novos movimentos e evoluções que apareceram com o tempo, respeitando a história e aceitando as contribuições das novas ferramentas.

Agora que você já sabe a verdade sobre alguns dos principais mitos sobre lutas, não deixe essas inverdades passarem adiante.

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Mestre Gabriel
Mestre Gabriel

Praticante de Kung Fu desde 1980, fundou a TSKF Academia de Kung Fu em 1996, graduado Mestre pela Confederação Mundial de Kuoshu. É escritor, palestrante, ocultista e estudioso da entidade humana.

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