8 curiosidades sobre a culinária da China para você conhecer

A culinária da China é uma das mais interessantes do mundo. Isso porque alia qualidade a um aspecto peculiar, muitas vezes visto como exótico no mundo ocidental.

Fato é que conhecer mais a fundo essa realidade pode ser uma experiência tão rica quanto tudo o que tem origem naquele país, como o Kung Fu, por exemplo.

Por que não conhecer, então, alguns exemplos e algumas curiosidades sobre a culinária chinesa? Ficou interessado? Então acompanhe!

1. A relação com a comida

Para o povo chinês, o ato de comer vai além de uma atividade social e necessária. Trata-se de algo que serve de base para toda a sua cultura. Essa relação tem muito a ver com os tempos antigos em que imperadores iam até os picos sagrados ou os templos para pedir boas colheitas para deuses e espíritos.

A partir dessa lógica, os pratos são preparados de acordo com princípios como o yin e yang — assim, existe sempre uma busca pelo equilíbrio entre sabor, aroma, temperatura e outros. Para o povo chinês, esse equilíbrio traz boa refeição e saúde.

2. O conceito dos cinco elementos

De acordo com a cultura chinesa, estamos cercados por cinco campos de energia. São eles:

  • madeira;
  • metal;
  • fogo;
  • terra;
  • água.

Esses elementos têm sua representação na culinária, respectivamente, como:

  • azedo;
  • picante;
  • amargo;
  • doce;
  • salgado.

É importante para o chinês que, na culinária, esses elementos estejam em constante equilíbrio para evitar o surgimento de doenças. Assim, é comum ver pratos preparados com alimentos diferentes, como carne, hortaliças, cereais e outros.

3. O macarrão na culinária da China

O ingrediente mais popular na China certamente é o macarrão. Vale destacar que o macarrão, uma das maiores referências da Itália, teria, na realidade, sido criado na China e trazido por Marco Pólo para o Ocidente, ainda no século 13.

Embora a origem do macarrão seja incerta, o fato é que na China ele é muito consumido. O macarrão chinês pode ser feito de trigo ou de arroz e é encontrado em grande diversidade ao longo de todo o território.

Alguns pratos comuns que costumam fazer sucesso no ocidente são:

  • a salada de bifum: feita de macarrão de arroz, com pepino, cenoura e presunto;
  • o yakissoba: entre outros ingredientes, pode levar frango, carne, pimentão, shoyu, açúcar, sal e maisena (de forma a respeitar o conceito dos cinco elementos);
  • o lo-mein: preparado com macarrão de trigo, legumes e, por vezes, carne.

4. Os chás chineses e suas peculiaridades

Na China, se quiser um chá, basta dizer “cha”. É uma das poucas palavras que se assemelham à pronúncia em português (chá). O motivo é muito simples: na época das missões comerciais a Macau, antiga colônia de Portugal na China, os comerciantes precisavam dar um nome ao produto e optaram por repetir a forma como ouviam os chineses pronunciar a palavra.

Da mesma forma, a expressão “tea”, usada em inglês, vem do mandarim, mas na região em que o produto era vendido para os ingleses: em Fujian, no sudeste do território chinês, o dialeto dava outra sonoridade à mesma palavra. Consequentemente, os países que foram influenciados pela cultura inglesa têm pronúncia parecida, como “té” na Espanha e “tee” na Alemanha.

5. Fins religiosos e medicinais da alimentação

A culinária chinesa reflete muito do que é a identidade de seu povo. É bom lembrar que a China é um país de dimensões continentais, o que faz que a variedade de práticas seja considerável. Invenção chinesa, o chá é uma das representações mais conhecidas no Ocidente e que aparece de formas variadas.

Assim como outras comidas, o chá costuma ter, além de benefícios nutricionais, funções terapêuticas. Os chás chineses integram uma gama de produtos medicinais. Entre eles, o mais comum talvez seja o chá verde, sem fermentação, que é extraído das folhas da planta Camellia sinensis.

6. Os diferentes grupos regionais

A culinária da China costuma ser dividida em quatro grupos, de acordo com as diferentes regiões. O grupo do norte é representado por Pequim, o do leste por Shanghai, o do oeste por Sichuan e o do sul por Guangdong. A maior parte dos pratos conhecidos no ocidente vêm do norte e do sul.

No norte, os destaques são o talharim, o pão no vapor e os bolinhos de carne. Os pratos costumam ser mais oleosos, ainda que os paladares sejam mais suaves. É comum o uso de vinagre e alho. Já no sul, uma marca forte são pratos com acompanhamento de arroz e sabores mais adocicados.

7. Os mandamentos respeitados pelos chineses

Em razão da busca pelo equilíbrio, muitos pratos chineses, principalmente os mais tradicionais, são montados com base em quatro mandamentos:

  • cor;
  • perfume;
  • paladar;
  • apresentação.

A ideia é agradar não somente o paladar, mas também o olfato e a visão. Dessa forma, mais do que simplesmente preparar um prato saboroso, o povo chinês valoriza também a maneira como ele é servido, de acordo com a harmonia entre os elementos citados.

Mesmo a apresentação é tida como de grande importância e há diferentes técnicas para embelezá-los. Preste atenção nos pratos chineses em restaurantes ou até nas entregas feitas em casa: em geral, eles sempre equilibram elementos e valorizam esses aspectos.

8. A cor na composição dos pratos

É interessante notar também o papel das cores na composição dos pratos chineses. Elas também são muito valorizadas. Na culinária chinesa mesmo os pratos mais comuns, aqueles de consumo diário, são preparados sempre da mesma forma.

Assim, é comum que haja um ingrediente especial (que pode ser carne, verdura ou massa) e, pelo menos, outros dois itens secundários com cores contrastantes com a do item principal. Quando o ingrediente principal é um frango, por exemplo, ele costuma ser acompanhado de vegetais como brócolis, pimentões amarelos e cogumelos, o que torna o prato colorido e ajuda na conquista pelo visual.

A culinária chinesa pode ser entendida como mais uma das grandes tradições daquele país — que chegou ao ocidente e conquistou milhares de pessoas. Com um olhar mais cuidadoso em relação aos pratos e aos costumes, é possível ver que por trás deles existe uma lógica que diz muito sobre a cultura chinesa.

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Mestre Gabriel
Mestre Gabriel

Praticante de Kung Fu desde 1980, fundou a TSKF Academia de Kung Fu em 1996, graduado Mestre pela Confederação Mundial de Kuoshu. É escritor, palestrante, ocultista e estudioso da entidade humana.

Comments (2)

  1. Avatar

    legal essas curiosidades ,mas podia ser um pouco mais curta e direta a e o e-mail é do meu pai

  2. Avatar

    Adorei esse website. o conteúdo é um tanto digno. Vou regressar de novo.

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